Lugar conhecido da cidade de Sobradinho, a Feira Modelo reúne hoje mais de 200 feirantes que vendem produtos de diversos segmentos, todos em um mesmo lugar. O local, que abriga feirantes novos e antigos, conta com histórias de vida e tem um pouquinho do DF em cada box de venda.
Apesar do tamanho e importância do local para o comércio, a Feira decepciona pelo estado de abandono do local e pelo desrespeito com os feirantes e com os consumidores que a visitam. Resultado de uma união de feirantes de várias partes de Sobradinho, a Feira Modelo é o lugar onde você encontra produtos de todos tipos: roupas, temperos, produtos eletrônicos, alimentos e ervas. A feira recebe, por dia, mais de cinco mil pessoas que vêm não só de Sobradinho, mas de toda região da saída norte do Distrito Federal.
A comerciante Maria de Fátima, vendedora de ervas e temperos, está na feira há mais de oito anos. De acordo com a vendedora, mesmo com o grande fluxo de pessoas, “é difícil concorrer com os comércios que vendem de tudo”. A feirante reclama da falta de fiscalização no local: “não sei se existe alguma regulamentação. Eu mesmo comecei a vender temperos para atrair mais a clientela, mas não está adiantando muito”, pontua. Apesar da concorrência, dona Maria garante que em termos de produtos medicinais, sua barraca é a melhor.
“Aqui eu tenho uma variedade de ervas medicinais grandes. Entre as mais vendidas a ‘Canela de Velho’ é a que mais sai. Ela serve para artrite, artrose, bursite, tendinite, dor na articulação, ela é boa para tudo”, conta em tom de entusiasmo. A Administração Regional de Sobradinho I afirmou em nota que o “recadastramento dos feirantes foi feito recentemente. Os feirantes em situação regular recebem o termo de uso e funcionamento, como estabelece a lei”.
Outros problemas da feira são relacionados à questão de infraestrutura. “Banheiros quebrados, falta de caixa eletrônico, iluminação ruim e principalmente a falta de segurança”, ataca Raimundo Ricardo, ex-presidente da Associação dos Feirantes local. De acordo com o comerciante, que vende roupas há mais de 20 anos, “falta cuidado e divulgação com a feira. Aqui hoje existem mais de 200 feirantes, e nenhum posto da polícia militar para garantir nossa segurança”.
Segundo a Administração regional, ocorreu, no último dia 21 de fevereiro, uma reunião no gabinete com a participação dos comandos das polícias civil e militar e da presidente da Associação dos Feirantes, Maria dos Remédios. Após a reunião, a Polícia Militar instalou “uma unidade móvel da PM no estacionamento da Feira, e de lá para cá já foram efetuadas duas prisões no local”. No dia da visita da reportagem, não foi identificado policiamento no local.