Arte nas ruas: paradas de ônibus viram galerias a céu aberto em Sobradinho

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Fotos: Matheus H. Souza/Agência Brasília

Sobradinho volta a respirar arte com a quinta edição da Bienal Internacional de Arte Urbana, projeto que vem redesenhando a paisagem urbana da cidade ao transformar paradas de ônibus em suportes para obras de arte. Idealizada pelo artista local Toninho de Souza, a iniciativa conta com o apoio da Administração Regional e pretende alcançar 74 pontos de ônibus, convertendo-os em verdadeiras galerias a céu aberto.

Mais de 40 artistas, de diferentes trajetórias e estilos, participam desta edição. A proposta é simples, mas potente: dar liberdade total de criação aos artistas para que usem técnicas como pintura direta e colagem, promovendo um intercâmbio cultural que valoriza a autenticidade e a diversidade de olhares. “Cada um traz sua alma para a obra. A arte se torna viva quando é feita com verdade”, afirma Toninho.

A primeira fase da bienal já deixou sua marca em 12 paradas, renovadas por cinco artistas convidados. Na etapa seguinte, entram em cena nomes que participaram de edições anteriores, como o venezuelano Ramon Maldonado Diaz. Ele encantou o público da cidade com uma obra vibrante na Quadra 4, recheada de flores e pássaros. “Ainda não sei o que vou pintar agora. O coração vai decidir. Para mim, a arte nasce do sentimento”, revela.

O impacto vai além da estética. Moradora antiga de Sobradinho, Maria Elsa Alves, de 78 anos, comemora as mudanças no ambiente urbano. “Ficou lindo. Dá gosto de esperar o ônibus aqui”, diz. Já a jovem atendente Rafaela Morais, de 23, destaca a transformação no cotidiano: “Antes era só concreto. Agora é um lugar bonito, que traz boas sensações”.

Mais do que embelezar, a Bienal também reforça a importância de cuidar do espaço público. A Gerência de Cultura, Esporte e Lazer da Administração Regional atua no suporte e acompanhamento dos artistas, e no incentivo à preservação das obras. “Essas pinturas valorizam a cidade. É fundamental que a população também colabore, evitando a depredação”, reforça o gerente Mestre Bené.

É importante lembrar que a pichação é crime ambiental, segundo o artigo 65 da Lei nº 9.605/98, com pena de até um ano de detenção e multa. O grafite, por sua vez, quando autorizado e com propósito artístico, é reconhecido como manifestação legítima da arte urbana.

Para o administrador regional de Sobradinho, Paulo Izidoro, o projeto tem valor simbólico e coletivo. “É um orgulho apoiar uma iniciativa tão bem recebida pela comunidade. Essas obras são parte do nosso patrimônio cultural”.

Matéria adaptada de Agência Brasília.
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