Covid-19: mutação tornou vírus mais mortal no Ocidente

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O novo coronavírus, cientificamente designado como SARS-CoV-2, mutou pelo menos 30 vezes, de acordo com um estudo desenvolvido por cientistas chineses da Universidade de Zhejiang. Das estirpes identificadas, 19 nunca tinham sido observadas.

A investigação, publicada no jornal South China Morning Post é a primeira a revelar, com base noutros estudos que já davam como garantido que os Estados Unidos foram atingidos por duas estirpes do micro-organismo, uma denominada tipo A e outra chamada tipo B, que as mutações podem implicar diferentes graus de agressividade, e consequentemente de letalidade, do vírus. 

Ora, os investigadores concluem que as estirpes menos agressivas, as semelhantes ao tipo A, importadas da China, foram encontradas a circular em várias partes dos Estados Unidos, por exemplo Washington, na costa oeste do país, a mais próxima ao continente asiático. As mutações mais agressivas, parecidas ao tipo B, são semelhantes às que se espalharam na Europa.

Os cientistas acreditam que o vírus está em constante mutação, de maneira a superar a resistência do sistema imunitário em diferentes populações. Por isso, testaram, em laboratório, a forma como o micro-organismo infeta e mata as células humanas.

A carga viral foi detetada em todas as células depois de uma, duas, quatro e oito horas, bem como no dia seguinte e nas 48 horas posteriores. De acordo com os resultados, as estirpes mais agressivas produziram até 270 vezes mais carga viral do que o tipo de vírus menos potente, e as estirpes que produziram mais carga viral foram aquelas que levaram a uma maior morte de células.

A equipa encontrou as mutações mais letais em Zhejiang, a cidade chinesa onde a universidade está localizada, e nos países mais afetados da Europa, como Itália e Espanha. Esta variação do vírus terá, depois, sido transportada para Nova Iorque, o epicentro da doença nos Estados Unidos.

Algumas das mutações menos agressivas foram amplamente localizadas nos Estados Unidos, por exemplo em Washington, e podem ser exatamente as estirpes que atingiram Wuhan, a cidade onde a pandemia teve origem.

A equipa que desenvolveu este estudo, liderada pelo cientista Li Lanjuan, destaca que as descobertas relacionadas com as mutações devem ser tidas em contas pela indústria farmacêutica.

Os autores da investigação basearam o estudo na avaliação de 11 pacientes que recuperaram da doença, dez dos quais provenientes da cidade de Wuhan, na China.

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